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A fronteira entre o real e o virtual em “Noa, você está sozinha?”, fashion film vencedor do DFB Digifest 2020

Equilibrando o alegórico com o real, “Noa, você está sozinha?”, fashion film escolhido pelo festival Dragão Fashion Brasil como vencedor na categoria de “Melhor Fashion Film Independente”, manuseia satisfatoriamente uma mistura de temas que vão desde interações virtuais ao conceito de modernidade líquida. 

A estética futurista dá o tom da trama distópica que apresenta uma realidade onde uma pandemia conduz a sociedade ao isolamento. A protagonista é uma garota comum que, como resposta de enfrentamento à solidão do distanciamento social, assume uma nova personalidade no ambiente online, a partir da qual vai se delineando a questão da fronteira entre o real e o virtual. 

Lucas Ervedosa e João Estelito, estudantes de Jornalismo da Unifor e principais responsáveis pelo filme, contam que foram movidos pelas imposições estabelecidas pela pandemia do coronavírus, que originou medidas de segurança tais como o isolamento social que, embora necessário, pode comprometer a saúde mental da população. 

Orbitando no entusiasmo e gosto pelo universo da moda, os estudantes produziram uma trilogia audiovisual para concorrer em quatro categorias do Festival. Além do premiado “Noa”, também foram inscritos os fashion films “Lasciva” e “Plúmula”, que juntos formam a trilogia “Manifesto”. 

Além de Lucas e João, a trilogia conta com a participação de Pedro Ferreira, Raissa Vicença, Julia Rabay, Daniela Barros e Gabriel Goersch, alunos do curso de Cinema e Audiovisual da Unifor. 

Acrescido de personalidade, o projeto demonstra não só comprometimento e refinamento estético somado à vibrantes tons criativos em suas produções, como também revela, em sua execução, o exercício de se apropriar com excelência dos espaços concebidos e embutir, no enquadramento adotado, críticas e reflexões relevantes.

Com licença permitida, ressalto ainda a notável capacidade dos envolvidos de dialogar com conflitos e inquietações vigentes exercendo fascínio através do – talvez único –  movimento capaz de nos salvar da obscuridade: a arte. 

 

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