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O dia das bruxas e a minha incapacidade de indicar filmes terror

A mídia, os meios de comunicação, jornalistas e afins seguem um calendário de datas comemorativas para alinhar suas pautas com o tema comentado no período, certo? Mês de maio: matéria do dia das mães. Em junho? Festas juninas. Dezembro? Compras de Natal… Nos meses coloridos? Pautas de prevenção e por aí vai… Certamente, seguindo esta linha, eu, como jornalista e (metida a) colunista de cinema, poderia seguir um ritmo semelhante. Junho? Filmes para assistir com o mozão. Julho? Melhores filmes para assistir nas férias. Outubro? Dicas de filmes para assistir com a criançada. E assim sucessivamente. 

Contudo, em minha jornada levemente disruptiva, acabo tendo dificuldade de seguir a dinâmica dos meus pares. Fazendo mea-culpa, pode ser só desorganização minha, ou uma vontade própria de não me enquadrar nesse padrão. O que acontece, é que creio que eu não teria problemas em indicar filmes de criança (Viva – a vida é uma festa / Vida de Inseto / A Invenção de Hugo Cabret), ou mesmo filmes apaixonados (Um Lugar Chamado Notting Hill / Hoje Eu Quero Voltar Sozinho / Questão de Tempo)… O grande problema é exatamente quando chega esta bendita época do ano: o Halloween ou Dia das Bruxas.

Meus caros, eu não assisto um filme de terror há tanto tempo que já pedi a conta dos anos. Eu simplesmente morro de medo. Ou seja, eu sou uma grande farsa. Como é que eu me proponho a fazer indicações de filmes semanais se não tenho o mínimo de coragem para assistir os filmes dos badalados Jordan Peele, Ari Aster e Robert Eggers? Já tinham percebido isso? Que eu nunca indico filmes de terror, ou mesmo com pegada mais “psicológica”. Triste, mas é verdade. Eu sou completamente incapaz de indicar filmes de terror.

Acho que consigo contar nos dedos quantos longas do gênero eu já assisti (muitas vezes obrigada por amigas malvadas). Exemplo: O Exorcismo de Emily Rose (lembro de ter assistido partes). O Chamado 1 e 2 (assisti e sou traumatizadíssima). Rec (poxa vida, porque algum dia na minha vida eu me submeti a essa tortura?). O Pânico, por exemplo, desde crianças, até hoje tenho medo real daquela expressão horrível… E, sinceramente, esses são os mais marcantes… não lembro de ter me aventurado a assistir mais nada de terror.

“Mas Alice, Midsommar e Corra!, nem dão tanto medo assim.” Ah é? Sinto lhe informar que a coisa também é séria quanto a filmes de terror ou suspense psicológico. A minha psicóloga me proibiu de vê-los… Lembro que assisti A Estrada (2009) para um trabalho da escola e fiquei chocada por diaaaas. Morrendo de medo do fim do mundo. Coisa semelhante aconteceu com Ensaio sobre a cegueira (2008). Até hoje tenho medo de acordar com a cegueira branca. 

Sendo assim, me expliquem como eu vou poder me gabar de assistir clássicos como Laranja Mecânica, filmes do Zé do Caixão, o tal do Donnie Darko, ou mesmo os novos filmes de terror como Telefone Preto (2022), Nós (2019), e Hereditário (2018), se eu simplesmente não tenho coragem? Ou o mínimo de estrutura psicológica? Vocês vão ter que me perdoar por isso, então. Já que eu mesma não me perdoo e tampouco tenho coragem para lidar com essa fraqueza.

Eu poderia superar o meu medo? Sim. Eu farei isso? Não. (Risos). Melhor que isso: eu cheguei a uma solução eficiente. No maior estilo “Colabora com o nosso Natal”, lanço agora a campanha do Mural da Ana Paula “Colabora com o nosso Halloween”. Ao invés de eu indicar filmes de terror, vou abrir uma caixinha de sugestões nos stories para vocês, do Mural, indicarem seus filmes favoritos desse gênero que abomino (risos), para que na próxima terça-feira (01/11), um dia depois do Dia Das Bruxas, eu possa fazer um carrossel com as indicações. Assim, todo mundo fica feliz: os seguidores do Mural compartilham dicas de filme de terror com curadoria deles mesmos e eu me livro de ter que assistir esses títulos só para poder indicá-los. Que tal? Fica combinado assim? 

Até lá: feliz dia das bruxas adiantado, com muitos filmes de terror para vocês, e (Graças a Deus) sem nenhum para mim! 

 

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