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Aretha Franklin: a voz de um milhão de dólares

     Ser considerada “a maior cantora de todos os tempos” não é pouca coisa, e para conquistar esse título, o pré-requisito é simplesmente ser a rainha do Soul, Aretha Franklin. Fácil, não? Quando falamos de música, é imprescindível que citemos esta artista, que trilhou o seu caminho ao topo com músicas marcantes, uma delas sendo considerada um hino feminista.

     Nascer filha de um pastor pode parecer um obstáculo para algumas pessoas, mas não foi o caso de Aretha. Quando ainda era apenas uma jovem, na década de 1950, a menina foi incentivada pelo próprio pai a cantar nos cultos de sua igreja. Com uma capacidade vocal surpreendente, não era de se estranhar que ela estivesse atraindo a atenção de muitas pessoas. Artistas famosos frequentavam sua casa com frequência, pois seu pai tinha certa fama como pastor, adquirida por meio de atividades religiosas.

     Ao ter contato com nomes conhecidos do soul e do gospel, como Mahalia Jackson e Sam Cooke, Aretha se encontrava em meio à grandes influências. Aos 14 anos, com os incentivos e a ajuda do pai, a jovem artista lançou o seu primeiro álbum gospel “Songs of Faith”, em 1956. Porém, anos mais tarde, Aretha mostraria interesse em gravar músicas que não contivessem conteúdo religioso, o que a fez ir para Nova York gravar algumas demos, para serem distribuídas às gravadoras da cidade.

     Após algum tempo, a famosa Motown Records, conhecida por ser direcionada à música negra, teve conhecimento sobre a jovem aspirante musical, e logo demonstrou interesse em assinar com Aretha. Porém, a cantora ingressou na Columbia Records, em 1961, onde seguiu um viés de gêneros diversos, apesar de guardar sua verdadeira aspiração no R&B e no soul. Inicialmente, as vendas pela Columbia não foram muito bem, mas algumas de suas gravações obtiveram a atenção do público.

     É aquele clichê do “comecei de baixo”, mas é esse clichê que nos faz criar tanta admiração por tais artistas. Com Aretha não poderia ser diferente. Após passar pela Columbia, a cantora ingressou na Atlantic Records, onde começou a ter atenção do mercado musical. Com a Atlantic, conquistou a nona posição nas paradas da Billboard Hot 100, obtendo seu primeiro sucesso voltado ao Pop. Alcançou também com “Respect”, uma de suas gravações mais famosas, a primeira posição nas paradas de R&B e do Pop.

     Foi com sua versão da música, originalmente escrita por Otis Redding, que a canção ganhou um teor feminista, logo se tornando um hino feminino. “Respect” também é conhecida como uma obra de apoio aos direitos civis, podendo ser interpretada dessa forma. A partir daí, a carreira de Aretha estava consolidada, e a voz de um milhão de dólares chegava aos ouvidos de um grande número de pessoas, incluindo a Rainha Elizabeth II.

     Com um vocal considerado “dom divino”, a artista se tornou um marco da história da música. Figura feminista, do movimento negro e dos direitos civis, a cantora tinha um talento singular. Ao escutar suas canções, é possível sentir em cada palavra a potência de sua voz, tão elogiada pela crítica e pelo público. Essa é uma breve história de como Aretha Franklin atraiu os olhares e ouvidos de milhares de admiradores.

 

 

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