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Um novo ano e uma nova visão sobre os animais

No ano passado, vários vídeos de abandono de animais circularam nas redes sociais. Muitas denúncias de maus tratos, canis lotados de animais de todas as idades, todos à espera de adoção. Muitos infelizmente nunca sairão desses abrigos, ficarão idosos e a adoção do animal idoso quase nunca acontece. Apesar dos cuidados tomados na hora de adotar, não se consegue proteger o pet de ir parar na casa de uma pessoa sem nenhum compromisso que preenche a ficha de adoção, mas na primeira dificuldade abandona novamente.

Na pandemia, houve um acréscimo surreal no número de adoção de animais domésticos. No primeiro lockdown, os humanos amedrontados com a solidão, esvaziaram os abrigos, cuidadores ficaram surpresos com a procura, e felizes com tantas adoções. Porém, essa alegria foi acabando quando viram os animais sendo devolvidos, e até abandonados nas ruas. Alguns humanos voltavam cheios de desculpas, explicando que não podiam mais ficar com o amigo, mas o que acontecia na verdade era que a pandemia estava diminuindo e o animal ia perdendo a serventia.

Porém, o ano novo chegou, e no seu primeiro dia vimos uma cadelinha sem raça definida nos braços da primeira-dama do Brasil. Em seguida, subindo a rampa do Palácio do Planalto ao lado de Lula, o atual presidente eleito do País. A adoção de um animal que vivia nas ruas, a sensibilidade de uma mulher que acolheu e cuidou desse animal, a simplicidade de um homem que, tomando posse do maior cargo do Brasil, atendeu ao chamado da cachorrinha que demonstrava querer estar com ele, e simplesmente pegou a coleira e caminhou do seu lado.

O momento que essa essa cadela passeia ao lado do seu novo tutor – o presidente do País – que não permitiu a soltura de fogos de artifício e nem os tradicionais tiros de canhões na sua posse, em respeito aos animais, aos autistas e todos aqueles que por algum motivo sofram com o barulho.

É natural que em cada protetor de animal nasça a esperança de um novo olhar sobre os animais. Espécies iguais a essa cadelinha esperam dia e noite para ter um lar, um amigo, uma família. E o ano novo já vem trazendo um “Decreto que institui a Coordenação Nacional de Proteção e Defesa Animal no Ministério do Meio Ambiente”. Um órgão federal de políticas públicas que luta pelo bem-estar e combate aos maus tratos dos animais domésticos.

O protetor de animais, além do amor sem limite, vive buscando proteger, cuidar ou resgatar esses seres que, com o olhar, gritam por socorro. E qualquer passo dado pelos governantes em favor desses abandonados é algo a ser muito comemorado. Então fiquemos atentos aos políticos que só aparecem na época de eleição. Precisamos estar sempre acompanhando se os eleitos escolhidos pelo nosso voto popular estão cumprindo o que prometeram fazer pela causa animal.

 

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