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Para meus amigos, com amor

A dona deste portal no qual eu escrevo, certa feita, me presenteou com uma música. Até então, eu não sabia que era possível presentear as pessoas com músicas. E achei brilhante e poética aquela possibilidade. Esses dias, pensando no que poderia dar de presente aos meus amigos neste final de ano, cheguei a conclusão, que a única coisa poética e brilhante que eu talvez tivesse um repertório interessante para poder presenteá-los, seriam filmes. Já que não me orgulho de dizer, não tenho um gosto musical apurado. 

Sendo assim, a coluna de hoje será uma série de presentes para os meus amigos, com amor. Levando em consideração que filmes, são os únicos – humildes, mas acredito que preciosos -, regalos que posso dá-los hoje. Para cada um deles, fiz uma lista de 3 filmes, que acho que combinam com suas personalidades, e creio que possam contribuir para suas vidas.

Segue a lista.

Letícia 

  1. A Vida Invisível (2019, dir. Karim Ainouz): para ela, que não chora fácil, que é forte, protetora e busca sempre se aprofundar nas temáticas da potência feminina.
  2. Estômago (2007. dir. Marcos Jorge): para ela, que tem como filme preferido ‘Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet’, creio que esse filme possa agradar, ainda mais com um tempero brasileiro.
  3. Cha Cha Real Smooth – O Próximo Passo (2022, dir. Cooper Raiff): para ela, para que possa levar a vida cada vez mais suave (real smooth) assim como esse protagonista, que só não é mais gente boa do que ela própria, pois literalmente é a melhor que nós temos!

Rayssa

  1. Volver (2006, dir. Pedro Almodóvar): para ela, que tem o amor fraternal tão presente em sua vida, que é tão vívida e vibrante como as cores de Almodóvar, acredito que esse melodrama latino possa agradar e prender atenção.
  2. As Pequenas Margaridas (1966, dir. Věra Chytilová): para ela, porque respira arte, feminilidade e feminismo, os dois ao mesmo tempo, que é disruptiva, e que creio que esse filme (altamente) cult possa agradar por seu caos artístico e transgressor.
  3. Nunca Fui Santa (1999, dir. Jamie Babbit): para ela, pois foi com quem compartilhei vários filmes ‘farofa’ na adolescência, e creio que mais um filme farofinha (porém crítico!) possa arrancar dela boas risadas.

Lorena

  1. Ilha de Cachorros (2018, dir. Wes Anderson): para ela, por dois motivos: 1 porque a pouco ganhou um xodó canino em sua vida, sendo assim, acredito que uma animação repleta de cachorros possa agradar e 2: pois o filme retrata um problema que só uma profissional das endemias poderia resolver!
  2. Kill Bill (2003, dir. Quentin Tarantino): para ela, para que ela possa se inspirar na bad ass Beatrix Kiddo.
  3. Marte Um (2022, dir. Gabriel Martins): para ela, quis escolher esse filme tão lindo e significativo, porque há anos atrás ela me deu de presente, despretensiosamente, um dos meus filmes preferidos da vida (Quem quer ser um milionário?). Porque tanto Deivinho, quando Jamal vêm de classes sociais mais baixas, em países subdesenvolvidos, mas de cultura rica, e acima de tudo, compartilham histórias que poderiam ser reais.

Mateus

  1. Felizes Juntos (1997, dir. Wong Kar-wai): para ele, porque foi o primeiro a ter coragem de se aventurar no mundo de Kar-wai, e porque acredito que essa história possa arrancar lágrimas, e espero que não, mas também alguma identificação.
  2. Cinema, Aspirinas e Urubus (2005, dir. Marcelo Gomes): para ele, porque aprecia o cinema nordestino, e porque eu queria mesmo era dar ‘Viajo porque preciso, volto porque te amo’, mas como ele já tinha assistido, achei que esse seria um substituto à altura.
  3. A Pior Pessoa do Mundo (2022, dir. Joachim Trier): para ele, porque acredito que ele seja cult o suficiente para encarar esse filme, e pelo trocadilho com o título. Brincadeira, amigo!

Raul

  1. Tangerine (2016, dir. Sean Baker): para ele, porque creio que a audácia, as polêmicas e a originalidade desse filme possam prender a atenção! 
  2. Entrevista com o Vampiro (1994, dir. Neil Jordan): para ele, porque uma vez lembro que me perguntou algumas coisas sobre esse filme, e eu não respondi diretamente, para que ele criasse expectativa de assistir.
  3. Fire Island (2022, dir. Andrew Ahn): para ele, porque acredito que uma comédia romântica LGBTQIAPN+, com uma inspiração em Orgulho e Preconceito, possa agradar.

Ana Paula

  1. Thelma & Louise (1991, dir. Ridley Scott): para ela, porque uma vez ela me perguntou se Thelma e Louise tinham algum envolvimento romântico neste filme, e eu não respondi, a fim de que ela ficasse curiosa e fosse ver com seus próprios olhos.
  2. Cabeça de Nêgo (2020, dir. Déo Cardoso): para ela, porque se interessa pela potência do ato de lecionar, por justiça, por pautas sociais, e porque acredita no poder da educação, e de dar voz aos jovens para lutar por o que lhes é de direito.
  3. A Hora da Estrela (1985, dir. Suzana Amaral): para ela, porque acho que a história da Macabéa é tão poética, delicada e potente, quanto ela mesma.

Bônus – para Raul e Ana Paula, para que assistam juntos: Tudo em todo lugar ao mesmo tempo (2022, dir. The Daniels).

Humberto

  1. Conflitos Internos (2002, dir. Andrew Lau e Alan Mack): para ele, porque acredito que vá gostar da trama intrincada e inteligente desse filme asiático.
  2. Fervura Máxima (2011, dir. Nicolas Winding Refn): para ele, mais um clássico chinês com muita ação, tiro, e explosão, que não nos exige muito mais do que atenção básica à trama.
  3. Garota Exemplar (2014, dir. David Fincher): para ele, porque todos nós precisamos, de vez em quando, de uma garota exemplar, seja para nos inspirar, seja para nos sacudir.

 

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