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Indie: o termo das músicas alternativas

     Quando falamos de música indie, a maioria das pessoas deve pensar que o termo se refere a tudo o que possa soar diferente a seus ouvidos. Sons incomuns, cantados e produzidos por gente que se veste de forma característica, com um público igualmente diferente. Mas, antes de falar sobre o que de fato é a música indie, precisamos entender a história dessa expressão.

     Nos anos 80, na Inglaterra e nos EUA, o cenário musical estava tomado por figuras talentosas que tinham contrato com grandes gravadoras, que produziam canções apreciadas por um grande número de ouvintes e fãs. A indústria musical estava em ascensão, as gravadoras lucravam com os sucessos de seus artistas e as pessoas gostavam dessas músicas. Porém, haviam também músicos que não pareciam curtir o padrão de canções que alcançavam o topo das paradas.

     Este fator contribuiu para o surgimento de composições nada convencionais, que fugiam do que as grandes empresas queriam que seus consumidores ouvissem, e que era voltado para o que estes artistas pensavam sobre diversos assuntos. As produções desses músicos eram feitas de forma independente. E essa é a tradução do termo “indie”. Quando a expressão surgiu, os artistas que produziam suas obras por esse viés eram principalmente provenientes do rock, e costumavam tocar em locais de conceito original. Isso até se tornarem populares por suas sonoridades, e se inserirem na indústria, utilizando do mesmo estilo que tinham antes da fama.

     Bandas como Sonic Youth são as principais figuras do indie, que inspiraram músicos a seguirem o mesmo estilo de produção que escutamos até hoje. Agora, voltando a atenção para o cenário atual, o termo parece ter se expandido. Temos indie rock, indie pop e até indie soul. É a partir daí que o conceito de “indie” aparentemente tem sido aderido para se referir a qualquer produção que seja fora dos padrões.

     Antigamente, quando a denominação estava alcançando um público maior, o indie era relacionado principalmente às composições que não tinham influência de grandes empresários, mas hoje, parece não ter uma distinção específica. Com o passar do tempo o termo foi sendo utilizado para canções com sonoridade incomum, de gêneros variados. Muitas pessoas perguntam se esse tipo de definição é viável, e se é possível distingui-lo entre tantas obras diferentes.

     Na verdade, não é por que um som é “incomum”, que pode ser indie. Na teoria, uma música só é indie se for feita por músicos que não são gerenciados por gravadoras do meio mainstream, com produções feitas de forma singular. Então, se você estiver escutando algum som que nunca ouviu antes, e achar que se trata de uma canção indie, pode ser que não seja.

     Entretanto, para algumas pessoas, indie pode ser qualquer canção produzida de maneira original, com criatividade, e sem moldagens padronizadas. São composições excepcionais em relação as demais. Escutar este estilo de música é algo gratificante, pois dá visibilidade para artistas com talentos genuínos, com composições originais e que podem falar de assuntos variados, até mesmo fazendo críticas sociais.

 

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