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Ouro de tolo, literalmente

Recentemente, foi estampado nos principais meios de comunicação um vídeo que mostra jogadores e ex-jogadores da seleção brasileira em um restaurante se deliciando com um bife banhado a ouro de 24 quilates. Esse fato aconteceu no Catar, país que está sediando a Copa do Mundo.

O assunto tomou conta das redes sociais. Muitas pessoas mostraram indignação, já outras aplaudiram e justificaram que o dinheiro era deles, e isso lhes dava o direito de gastar da forma que eles quisessem.

Na antiguidade, o ouro, além de ser usado como ornamento, servia para distribuir riquezas. Governantes acumulavam enormes tesouros e os seus templos eram decorados com grandes vasos do brilhante metal.

Ainda hoje, em pleno século XXI, o ouro continua sendo muito usado por pessoas que querem mostrar seu poder. Não só em forma de joias, cordões e anéis, mas também nos banheiros, onde vasos e torneiras estampam seu brilho. Essa ostentação deixa uma mensagem para o outro de que você tem muito dinheiro.

O ouro também pode ser usado no rosto, onde profissionais da beleza garantem que uns fios de ouro vão te trazer firmeza e jovialidade. Esse procedimento ainda é realizado apenas por aqueles que, obviamente, pertencem à classe dos endinheirados. Esse metal tão precioso permeia a mente do ser humano há muitos anos: dos pobres antigamente, que viviam escavando o chão sonhando em encontrar uma enorme pepita, aos tempos atuais, onde os ricos fazem suas necessidades em um vaso de ouro.

O que leva o homem a desembolsar a quantia de 9 mil reais por um punhado de ouro, espalhado em um bife, se comprovadamente o ouro não tem gosto nem é absorvido por seu organismo? São tantas perguntas sem resposta. Atitude que entristece quando os protagonistas dessa ostentação são os jogadores do Brasil, país onde milhares de pessoas passam fome. Midas explicaria?

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