Indignação, repúdio a um vídeo que está circulando na internet, onde um bezerro é dominado por um homem, enquanto uma mulher pisa no focinho do animal e com um ferro em brasa marca o número 22 na cara do filhote. Não consigo dar mais detalhes, por conta das lágrimas que me embaraçam a visão.
Vamos pensar na evolução humana, será que além das características físicas, o homem primitivo conseguiu mesmo subir algum degrau na escala evolutiva? Em pleno século XXI, nos deparamos com um ser humano queimando a cara de um animal e, mesmo feita a denúncia de maus tratos aos órgãos quem deveriam proteger, estes dizem que vão averiguar se tal ato está “fora dos padrões”.
Enquanto a Declaração dos Direitos dos Animais diz que todos os animais têm o mesmo direito à vida. Que todos os animais têm direito ao respeito e à proteção do homem. Que nenhum animal deve ser maltratado. E que todos os animais selvagens têm o direito de viver livres em seu habitat.
Pasmem, o homem criou padrões que ditam até onde você pode maltratar o animal, sempre pensando exclusivamente no seu bolso, e vendo o animal como fonte de renda, ele dita o que é permitido segundo a vontade dele.
Esse animal que foi queimado na cara é só um bezerro, nome que se dá ao animal que ainda é novinho, se fosse humano seria um adolescente. Ele é barbaramente maltratado por uma veterinária, profissional que passou anos em uma faculdade, que escolheu uma profissão que até os mais leigos sabem que é destinada a zelar e cuidar dos animais, o procedimento dessa moça revela que a violência não tem cara, nem sexo, nem cor.
Quando você pega um ferro quente em brasa e marca o corpo de um animal, está causando uma dor insuportável, deixando uma ferida que arde e sangra, em seguida você prescreve remédios para que o animal tome, para não inflamar, o que poderia danificar o couro, e assim desvalorizá-lo comercialmente. E o animal que, até pouco instante estava saudável, agora carrega a dor de uma queimadura, porque alguém precisa dizer pro mundo que é seu dono. Você que ama sua profissão e respeita seu juramento, não me venha tentar explicar que essa prática, que se encontra nas pinturas dos túmulos egípcios, que revelam que os animais eram marcados com um metal aquecido, ainda deva ser exercida.
Quando procuramos um veterinário, estamos tentando encontrar alguém que cuide do bem-estar dos nossos animais, que tenha empatia e, principalmente, amor pela profissão.
Diante de uma profissional imprudente, cruel, desprovida de amor pelos animais, percebe-se como corremos riscos de ter a infelicidade de nossos pets serem atendidos por alguém assim.
Porém, é preciso deixar claro que em todas as profissões existem excelentes profissionais e alguns que, infelizmente, envergonham a classe.
Que a sociedade não se cale diante da violência com os animais, que ninguém aceite mais uma eutanásia sem o laudo de um veterinário, que não feche os olhos diante das mutilações feitas por certos veterinários para satisfazer a vaidade de alguns tutores. Denunciem, quando perceberem que o animal está em perigo, deem fala aos que não podem pedir “SOCORRO”.