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Amedrontada (Poema)

comecei  com medo  nesse espetáculo  de desespero    eu não sabia ainda  mas tudo viria  a fazer              sentido  nessa vida                     louca  sou eu  que comecei  amedrontada  a atuar  nesse palco  de musicais mal-ditos  por Sofia Osório

POEMA: “Epílogo”

  descobri uma pausa no barulho do mar já mudei as paredes de lugar não atiro-me mais à luz desaprendi o gosto do sol abortei alegrias desnutridas e costurei janelas fechadas nas grades dos olhos o céu está seco os passos adormecidos mas as entranhas permanecem frescas ainda há vida espasmos artérias e vísceras escapando de…
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“Eu sou uma nega preta e crioula”: a poesia de Stela do Patrocínio

Em seu “falatório” – como definiu sua obra poética – Stela do Patrocínio dizia “ser útil, inteligente, ser raciocínio”. Nasceu “com quinhentos milhões e quinhentos mil anos”, com o nome verdadeiro “caixão eterno”. Falava sobre passar fome, sofrer da cabeça e cumprir uma prisão perpétua. Era também “gases puro ar, espaço vazio, tempo”, “macacos, girafas…
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