Sete horas sem as mais famosas redes sociais, lugar que guarda os amigos, os inimigos e também onde você cultua tudo que faz o dia e a noite valer.
O que está acontecendo? Onde está todo mundo? Como ficar sem conversar e sem as companhias de todas as horas, como viver sem saber o que está acontecendo no mundo?
No meio de tanta angústia, incerteza e aflição, alguém toca no ombro, mas você está muito ocupado, tentando fazer o celular funcionar. Outra vez alguém chama, mas você não pode atender pois está esmurrando o celular, apertando todos os botões, ligando, desligando, reiniciando e a mesma pessoa chama seu nome, então você incrédulo, pergunta: “não vê que estou ocupado?” E continua gritando. “Meu celular não está funcionando, eu preciso saber o que aconteceu, eu estou sem comunicação”.
Desespero, medo angústia, uma tarde sem falar com os amigos.
Aquele que bateu no ombro ainda arrisca um consolo: “Se acalme, vai voltar”. Mas você não acredita que alguém pediu calma pra você em um momento desse.
De repente tudo volta a funcionar e você ,com mãos trêmulas, digita gritando pra saber se tem alguém do outro lado da tela.
Sabe aquele que estava batendo no ombro? Ele continuou ali sentado, sozinho, olhando pela janela.
