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Escritora Celma Prata assume cadeira na Academia Cearense de Letras

Celma Prata e Lúcio Alcântara. Foto: Eri Nunes.

Evento de posse aconteceu na terça-feira, 07, no Palácio da Luz, em Fortaleza

Autora da coletânea de contos “Confinados” (2020), finalista do prêmio Jabuti em 2021, do romance “O Segredo da Boneca Russa” (2018), e dos livros não ficcionais “Viver, Simplesmente” (2016) e “Descascando a Grande Maçã” (2012), todos publicados pela editora Sete, a escritora e jornalista cearense Celma Prata carrega em si a arte em forma de palavras, passeando entre a ficção e não-ficção com a singularidade e sutileza contida em suas narrativas.

Apaixonada pela escrita, e desbravadora do universo literário por meio de seus contos, crônicas e romances, Celma é membro efetivo da Academia Fortalezense de Letras, da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil e da Sociedade Amigas do Livro, entidade cultural em que presidiu o conselho diretor, de 2016 a 2020. Em março de 2022, a escritora obteve mais uma conquista em sua carreira, sendo eleita para ocupar uma cadeira na Academia Cearense de Letras.

Imortalizada pela ACL, Celma encarou o longo e tradicional ritual para a escolha de um novo membro da instituição, que tem início no surgimento da vaga por falecimento de um dos 40 membros efetivos. Após a publicação da vaga em um veículo de mídia local, os participantes submeteram seus currículos e obras literárias à análise e votação secreta dos acadêmicos e acadêmicas. Ao fim do processo, Celma foi escolhida para ocupar a cadeira 11 da Academia, cujo patrono é Barão de Studart. “Ao ser comunicada do resultado da eleição, minha reação foi de enorme alegria. Sinto-me honradíssima em ocupar a cadeira do grande historiador Barão de Studart, médico humanista e um dos fundadores da Academia Cearense de Letras”, conta Celma Prata.

A cerimônia de posse de Celma aconteceu na noite do dia 7 de junho, no Palácio da Luz, em Fortaleza. Estiveram presentes no evento familiares e amigos da autora, membros da ACL e autoridades locais. Em uma noite memorável em muitos aspectos, Celma destacou três momentos como muito significativos para ela: “A colocação do colar acadêmico por meu marido, companheiro de vida e principal incentivador; O brilhante discurso de saudação do acadêmico, poeta Carlos Augusto Viana, meu primo; e A grande emoção que senti ao discursar para minha família (presente e ausente) e para tantas pessoas queridas de uma vida inteira.”

Compreendendo a importância de incentivar outros escritores e escritoras, a autora também destaca a relevância da Academia no contexto literário cearense. “A população cearense precisa conhecer e se orgulhar da ACL, instituição que está completando 138 anos, a mais antiga do gênero no país, mais antiga que a Academia Brasileira de Letras. Os cearenses precisam também saber que a ACL foi fundada por jovens intelectuais, que ela carrega em sua genética ousadia e renovação. As portas centenárias do Palácio da Luz estão abertas para lançamentos de livros, premiações literárias e outros eventos culturais”, destaca.

Seguindo com os seus projetos, Celma Prata tem trabalhando em uma novela, um romance mais curto que pretende concluir ainda esse ano. Envolvida pelas palavras, a inspiração de Celma encontra-se nas manifestações artísticas presentes em sua vida. “Minha sede de aprender. Não se cria do nada. Inspiro-me na obra de vários escritores. Leio de tudo, mas tenho maior afinidade com os existencialistas.”

Ao olhar para sua trajetória como escritora, Celma reconhece os aprendizados que adquiriu, entre eles “estar sozinha sem me sentir triste ou solitária”, e no “estar sozinha”, também conhecer a si mesma. “Conhecer-me um pouco mais, o que é um longo e infindável processo. Conhecendo a mim, conheço mais o outro. O maior ensinamento, no entanto, ainda virá, espero”, reflete.

Com uma carreira inspiradora, a escritora mantém o cuidado com o que escreve, principalmente em artigos e crônicas para blogs, cujo público leitor é mais jovem, e encontra mais liberdade nas narrativas não ficcionais. “Escreva sem medo seria o meu conselho para quem está iniciando. Eu poderia ter começado mais cedo, não fosse o receio de errar, de ousar, de me expor. Viver é isso. Se errar, tente consertar. Se não tiver conserto, siga do mesmo jeito. Quem sabe, acerta na próxima”, finaliza Celma.

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