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Conversando sobre o Autismo

Lorena adotou gêmeos. Dois meninos lindos e aparentemente saudáveis, que fizeram o sonho dela de ser mãe virar realidade. Idas e vindas ao pediatra, rotina normal na vida de crianças até que surge um questionamento: tinha algo diferente no desenvolvimento dos pequenos. Muita agitação, gritos e uma certa lentidão na fala. Seria isso normal?

Para alguns médicos, os meninos seriam hiperativos e foi uma peregrinação nos consultórios para finalmente receber o diagnóstico que iria mudar a vida de Lorena e dos gêmeos.

Seus filhos são portadores do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Lorena se viu diante de duas crianças com um diagnóstico que ela desconhecia e não tinha ideia de como seriam suas vidas daquele dia em diante. O medo invadiu o coração dessa mãe.

Lorena diz que foi difícil entender o que os meninos tinham. Explicar algo que nem ela sabia direito. Já passaram alguns anos e as crianças estão estudando em um colégio particular. Apesar de ter o acompanhamento de um terapeuta, Lorena acha que não é suficiente, já que são duas crianças. Ela solicitou mais um acompanhante e caso não seja atendida, vai se ver obrigada a retirar uma das crianças para outro colégio.

Lorena percebe a lentidão no desenvolvimento dos meninos. Eles estão com 6 anos e ainda não manuseiam um lápis e nem conseguem ler. Ela se questiona se a falha é do colégio ou talvez da família.

Quando Lorena fala do autismo nas crianças, a emoção toma conta dessa mãe. A sua voz fica trêmula, os olhos brilham e ela diz que é muito difícil falar sobre Autismo em uma sociedade tão cheia de preconceitos, mas ela levanta a cabeça e diz com voz firme que tem muito orgulho dos meninos e que vai fazer de tudo para que eles tenham uma vida digna e sempre cheia de amor.

Apesar de ser uma condição antiga, foi somente no ano de 1993, que a síndrome passou a integrar a classificação Internacional de doenças da OMS (Organização Mundial da Saúde). E em 2013, o Autismo passou a ser chamado de Transtorno do Espectro Autista devido a comprovação de que existem vários tipos de Autismo.

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