A guerra na Ucrânia tem sido notícia em todos os meios de comunicação. Pessoas deixando seu país, sua história de vida ,procurando abrigo, correndo contra o tempo e o medo de que a própria cabeça se torne o próximo alvo das bombas que saem dos aviões que sobrevoam o céu.
O pânico toma conta de todos, o desejo de sair vivo, se proteger das balas, não enlouquecer ao barulho das sirenes e escapar das explosões, sair dali sem machucar o corpo, enquanto a alma sangra de dor. Cenário comum em toda guerra, porém no meio desse caos algo bom chama atenção do mundo: “O amor desse povo por seus animais de estimação.”
Seja a saga do senhor que andou mais de 17 km com seu cachorro idoso no ombro, ate chegar a fronteira da polônia; a mulher que depois de deixar os filhos em um lugar seguro, voltou para resgatar seus cachorros; a calopsita que alheia a tudo se aninha no seu tutor; a moça de mochila nas costas que, nos braços, leva seu gato enrolado no casaco, o protegendo com seu abraço; a criança que, segurando seu animal de pelúcia, nos faz crer na dadiva do bom exemplo.
Esse grito é pra você que espirrou e vai doar seu animal, que mudou de casa e se desfaz dele . Claro que tudo parece bem explicadinho. Afinal, a nova residência não tem espaço suficiente pra ter animal.
Você que não quer pelos na casa, na roupa, e leva o animal pra longe. Você que vai ganhar uma criança e, ouvindo opiniões, chegou à conclusão que é melhor não ter animais.
Você que, por impulso, pegou um animal pra criar. Você que diz que não sabia que ele tinha tal comportamento tão desagradável . Você que se desfaz do pet porque ele envelheceu, adoeceu, destruiu alguma coisa que você gosta. São muitas as desculpas para algo que só tem um nome: abandono.
Lembrando que o abandono de animais é crime. Entre tantos exemplos de abandono, um dos mais cruéis é quando você leva o animal pra sua companhia e nunca tem tempo pra um passeio, um abraço, uma boa conversa ou, simplesmente, ficar junto do seu amigo.