Já não sei se o dia tem 24 horas, ou se muitas vezes ele tem até mais. Mas sei que é difícil saber se tenho tido o suficiente ou tem me sobrado tempo para pensar demais. Em uma disputa silenciosa encaro os ponteiros do relógio, mas eles têm me derrotado com frequência.
Digo que eles têm me derrotado por um motivo simples: quando quero que passem rápido, eles passam devagar. Quando preciso que eles se movam silenciosamente, eles correm de forma desenfreada. No fim das contas, o placar já está passando de 7×1. E eu pensava que não existiria vexame maior do que em 2014.
Esquecendo os vexames e pensando apenas no relógio, devo confessar a verdade. Não tenho nenhum deles pendurado na parede lisa que me encara todos os dias. No caso, eu brigo mesmo só com o digital, daqueles que estão na moda, que fica preso no meu pulso. Mas tudo bem, afinal hoje tudo é digital. Quem precisa dos relógios analógicos nos encarando e estampando na nossa cara, quer sejam os dias lentos ou longos? Corremos, corremos, corremos e não chegamos ao nosso destino.
E que destino seria esse? Bom, não sei. Não tem me sobrado muito tempo para pensar para onde estou indo. Talvez hoje eu precise apenas esquecer as horas olhando para o céu da manhã ou tirando as estrelas para dançar no silêncio da noite.
Um comentário
Amei🥰