Hoje acordei cedo, fiz um belo sanduíche de café da manhã, acompanhado de um copo de leite. O cheirinho de uma refeição quente tomou conta da cozinha e me alegrou por dentro. Foi uma sensação de calor materno. O dia tinha começado e eu nem tinha pegado no celular ainda, a vida estava bela e cheirava a pão de frigideira. Por uma fração de segundo eu até esqueci que Covid-19 existia.
Quando termina a primeira refeição do dia, é hora de enfrentar o mundo.
O enfrentamento vem por meio de um eletrônico tão pequeno e com cara de inocente.
Uma manhã tão agradável começa a ficar turbulenta. É Jair Bolsonaro pra cá e pra lá, é a segunda onda do coronavírus deixando o Brasil de quatro, filas de espera por um leito de UTI, tem gente até fazendo passeata carregando arma de grande porte, mães e filhos chorando de fome. Esse cenário é a destruição da alegria da nossa nação, o Brasil não está verde e amarelo, ele está cor de sangue.
E se a esperança é a última que morre, então acho que a nossa já morreu de Covid.