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Surrealismo e sensibilidade: conheça Lucas Rodrigues e a sutileza de suas colagens

A arte atravessa todos nós em algum momento da vida. Com Lucas Rodrigues (22), foi ainda na infância, através da música. Aos sete anos de idade, influenciado pelo tio, já tocava violão. Aos 11 já compunha suas próprias canções. A partir da música, Lucas passou a penetrar em outros terrenos artísticos, como as artes plásticas, lugar em que manifesta suas inquietações cotidianas, políticas e filosóficas por meio de colagens. 

A colagem consiste na utilização de elementos e texturas variadas que atuam – alicerçadas na criatividade – na composição de manifestações artísticas por meio da sobreposição ou fusão de diferentes imagens em uma só. O cubismo foi o primeiro movimento artístico a fazer uso dessa técnica ao colar pedaços de jornal ou impressos em suas pinturas. 

Atualmente, a técnica também é aplicada digitalmente, como podemos observar nos trabalhos de Lucas, onde os recortes, as cores e os elementos se estruturam na transmissão de mensagens consistentes e na apresentação de novas perspectivas. 

Em conversa com o Mural, o estudante de Publicidade e Propaganda conta que seu processo criativo é imersivo e cuidadoso, apoiado no anseio de transmitir mensagens significativas. “Quando vou fazer uma colagem passo cerca de uma hora pensando no que fazer, quais elementos visuais e conceituais usar, e o que quero passar com a colagem. O processo de execução também leva aproximadamente uma hora”, diz.

Quanto à inspiração, Lucas a encontra na complexidade da vida, que nos coloca, constantemente, cargas dramáticas e sentimentais. “Eu faço muitas artes sobre minhas questões internas, coisas que admiro, episódios que vivi, e também por questões estéticas. As vezes quero experimentar. Quando uso de experimentações, não me limito muito ao conceito. Faço como um teste. Também me interesso muito por pintura. Algumas bandas me inspiram através das capas de seus discos, como o álbum Manual, da banda Boogarins, e Essa Noite Bateu Com um Sonho, da Terno Rei, que usam muitas cores e movimentos de pinceladas.” 

Para o universitário, arte tem a ver com vulnerabilidade. “A arte torna a utopia algo palpável. Também tem a ver com como nossos olhos lacrimejam quando veem algo que é importante pra gente, que nos faz parar no tempo e respirar mais fundo. Arte são os versos de Caetano, Belchior. As pinturas de Monet, Van Gogh. Arte é a vida. A vida é arte.” 

A arte vive e é essencialmente humana. 

Se quiser acompanhar e conhecer mais sobre o que pulsa nas colagens expressivas e inteligentes do Lucas, é só seguir lá no Instagram a conta @elter.algo

 

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