Hoje é o Dia Internacional da Educação e resolvemos celebrá-lo compartilhando um pouco de nossas experiências com a educação e professores que marcaram de um jeito especial nossas trajetórias.
{Ana Paula}
Nasci em família de professores e cresci tendo a educação como bem maior. Em dado momento da minha carreira de jornalista, a aprovação em concurso para professora substituta da Universidade Federal do Ceará me conduziu ao magistério. São vinte e um anos em sala de aula, o melhor e mais arriscado lugar do mundo. Lugar de construção do saber, de identificações e estranhamentos, de troca, de formação e de muito afeto.
O Dia Internacional da Educação deste ano acontece em plena pandemia provocada pelo Coronavírus e em estado de isolamento social. As aulas presenciais estão suspensas e passamos para as aulas on line. E sobre as tais aulas ouvi muito: não é a mesma coisa. É não é mesmo . Assim como nada mais é ou será como antes. São muitos os desafios dessa nova ordem. A mudança de vida, em todas as suas instâncias, se impôs e a nós cabe repensar um futuro comum, mais solidário e comprometido com o outro. Sinto falta dos rostos, abraços, do chão da sala de aula, do campus, das trocas. E essa falta que sinto hoje de tudo o que foi alimenta a minha esperança no poder transformador e libertador da educação.
Como educadora, acredito que o aprendizado de todo esse processo haverá de criar novas balizas para a nossa existência. A tecnologia que tanto nos roubou de nós mesmos e,muitas vezes, nos afastou das pessoas, se bem entendida e aplicada, nos auxiliará na criação de novos modos de ser e existir, nos reaproximará.
A importância de refletir sobre o Dia Internacional da Educação, nesses tempos tão difíceis, se ampara no pensamento sempre atual de Paulo Freire : “A educação é um ato de amor, por isso, um ato de coragem. Não pode temer o debate. A análise da realidade. Não pode fugir à discussão criadora, sob pena de ser uma farsa.”
(Letícia Lavor}
Ao longo da vida tive muitos professores que foram importantes para a minha trajetória e, de certa forma, influenciaram minhas escolhas. Mas hoje eu escolhi falar de uma que, apesar de ter uma história mais recente comigo, fez bastante diferença, o nome dela é Kátia Patrocínio. Eu conheci a Katinha no meu primeiro ano na faculdade de jornalismo e ela foi a minha primeira mentora em um estágio. Quando comecei a estagiar na rádio do campus, eu tinha apenas 17 anos e mal sabia escrever um texto jornalístico, muito menos fazer uma locução! Mesmo assim, ela foi me orientando e atribuindo responsabilidades que foram essenciais para minha formação. Nos quase dois anos em que tive a oportunidade de ser ensinada por ela, o que eu mais pude ter certeza era na confiança que ela tinha em mim e isso foi o mais importante para que eu não tivesse medo dos desafios. Claro, ali também nasceu minha paixão pelo rádio e a certeza da escolha da profissão da minha vida. São muitas as histórias com a Kátia que eu poderia citar, mas hoje gostaria de fazer essa homenagem como forma de gratidão pela parceria de sempre e aproveitar para estender esse sentimento para todos aqueles que se dedicam diariamente a ensinar outras pessoas, independente das dificuldades!