O cinema completou 125 anos nesta semana. Foi no dia 28 de dezembro de 1895 que essa manifestação artística nasceu, em Paris. Uma sessão de 30 minutos com produções curtas dos irmãos Lumiére marcou a primeira exibição pública de imagens em movimento.
Naquele dia, o registro é de que apenas 33 pessoas pagaram ingresso assistir a essa exibição. Mas foi ali que tudo começou. A magia do audiovisual virou febre na França , na Europa e no mundo. A sétima arte se tornou paixão global em pouco tempo.
O cinema nasceu como uma experiência que viria atrair multidões pelo mundo: telas grandes, salas escuras e o público interagindo com imagens e sons. Quem não tem uma recordação especial de uma sessão de cinema?
Então, veio a internet. Nos últimos anos, com ela, surgiu uma nova forma de consumir filmes: o streaming. A telona seria substituída pela televisão, pelo computador e pelo celular. A sala de cinema daria lugar à residência do espectador.
Primeiro, veio a Netflix. Depois várias outras plataformas. Pagas ou gratuitas. De massa ou de nicho. Amazon Prime Video, Telecine Play, Claro Video, Mubi, HBO GO, Belas Artes a la Carte, Spcine Play, Netmovies, Vix, Pluto TV… são tantas, que fica difícil enumerar. Isso porque estamos falando só das disponíveis no Brasil
Com tantas opções em casa, o que nos motivaria a ir ao cinema? A magia da telona é incomparável, certamente. O ambiente da sala escura, a interação direta ou indireta com os outros, as reações coletivas ao filme, as conversas com os amigos após a sessão. O conforto de casa não se iguala à vivência de ir ao cinema.
Então, veio a pandemia. Com ela, os cinemas ficaram fechadas por meses. A indústria audiovisual, então, enfrentou uma das maiores crises de sua história. Até hoje, as estatísticas não são nada animadoras. Devido ao isolamento social, o streaming deu uma goleada no cinema tradicional em 2020.
Em 2021, as salas de cinema vivem a esperança de se recuperarem. Muitos lançamentos de 2020 ficaram para o ano que vem, outros foram lançados diretamente em streaming. É difícil visualizar o que vai acontecer, mas é fato que o cinema, independente do formato de distribuição, vai continuar sendo uma das principais paixões da humanidade. Quando ficamos trancados em casa neste, os filmes nos permitiram viajar. Que possamos voltar a viajar na telona também.