Entrevista com a escritora Ana Claudia

Escritora Ana Claudia

Vanessa Passos: Quem é Ana Claudia?

Ana Claudia: Ana Claudia é uma jovem de 44, beirando os 45 anos, que se encanta pela possibilidade do “brincar com as palavras”, porém com tamanha seriedade e respeito pela literatura, principalmente a Nacional.

Vanessa Passos: Quando começou a escrever?

Ana Claudia: Na adolescência eu já escrevia em diários (na verdade agendas que fazia de diários!). Também tinha meus cadernos de poesias e, aos 15 anos, ganhei meu primeiro concurso literário, na escola, com uma poesia que foi espalhada pela Rio 92 em diversos idiomas.

Vanessa Passos: Quais gêneros você escreve?

Ana Claudia: Sempre gostei de escrever poesias, amo o universo dos contos! Atualmente, tenho me lançado como escritora de romances históricos e de época.

Vanessa Passos: O que ou quem te inspira a escrever?

Ana Claudia: Minha filha é a minha maior incentivadora, mas tenho uma paixão tão intensa pela história de vida de minha avó Clarice, de 93 anos, que também me move de forma quase inexplicável. Na literatura, outra Clarice: a Lispector.

Vanessa Passos: Como funciona seu processo de criação?

Ana Claudia: Ainda não lido de forma sagaz com as técnicas, embora seja fiel observadora. Sou de me deixar fluir por inspirações ao meu entorno, de olhar com carinho para histórias da vida real, principalmente com mulheres incríveis, como citei acima a minha avó, mas tenho aprendido e focado na organização diária, inclusive com a criação de conteúdos literários.

Leituras e trabalhos de estudos de campo e de pesquisa valorizo e considero imprescindíveis aos escritores.

Tenho estudado muito. Aliás, gosto e estou sempre aberta e disposta a aprender com aqueles que têm a me oferecer.

Vanessa Passos: O que te motiva a escrever?

Ana Claudia: Um amor tamanho pela literatura, por histórias que nos enriquecem e aquecem a alma! É tão grande que quase não cabe dentro do peito! Parece coisa de outro mundo essa minha relação com os livros e as mídias sociais!

Vanessa Passos: Já teve algum bloqueio criativo? Se sim, o que você fez para superá-lo?

Ana Claudia: Tive sim, justamente quando lancei “Honra, Amor e Café”, no dia do escritor, em 2020. Tive uma aceitação bonita dos leitores, que me pediam “Caterine”, personagem secundária da história. Contudo, no auge da pandemia, passando por um doloroso processo de separação, eu simplesmente não conseguia. Escrevi e reescrevi por algumas vezes, conversei com amigos, busquei conselhos… até que entendi que precisava respeitar meu tempo. E “Caterine” chegou, um ano e meio depois, porém de forma linda!

Vanessa Passos:  Agora, nos fala um pouquinho sobre as obras que escreveu.

Ana Claudia: Eu participei de três antologias entre 2018 e 2019: a primeira foi “Amores de Outrora”, lançada pela Editora The Books. Uma coletânea de contos de época LGBTQ+ em que escrevi “Amor na Rua do Ouvidor”. Depois participei da coletânea “16 Textos ao Som de Vinicius de Moraes”, publicada pela Editora Vecchio, em que escrevi “Amor e Verão ( O Mar… o Ar!)”, com inspiração na música “Tarde em Itapuã”. Por último, a antologia “Crônicas Urbanas”, da Editora Feles, com o texto “A Convenção dos Deuses”.

Em 2020 me lancei oficialmente como escritora independente na Amazon com a noveleta histórica “Honra, Amor e Café”.

Em janeiro de 2021 lancei “Memórias de um Amor de Natal”, também na Amazon. Meu conto “Tragédia às Dez da Noite” compõe um  belo projeto literário que relembra na literatura a tragédia climática ocorrida em 2011 na cidade em que resido, Nova Friburgo, e que está no Instituto Leituras em formato digital. Concorri ainda no Prêmio Off Flip e meu conto foi um dos selecionados a estar compondo a coletânea de contos 2022 do Selo Off-Flip e, por último, lançamos “Caterine” na Amazon, uma noveleta de época que está linda e que convido todos a conhecerem.

Atualmente, estou escrevendo mais duas histórias a serem lançadas até o final do primeiro semestre.

Vanessa Passos: Para você, qual a importância da leitura?

Ana Claudia: A leitura forma, informa, nos permite aprender, trocar experiências, conhecer e criar mundos diversos. Nos permite a criticidade, sermos formadores de opinião, cidadãos mais críticos.

Vanessa Passos: Qual mensagem você quer deixar para os seus leitores?

Ana Claudia: A mensagem é de gratidão! Por estarem sempre ali, ao meu lado, me incentivando, me divulgando, interagindo comigo, inclusive contando o momento de uma obra minha estar sendo lançada, de modo a festejarem! E o mais importante: gratidão por terem vivenciado todo o momento de hiato em que não conseguia escrever, respeitando esse meu tempo  junto de mim!

Leiam!  Leiam muito! Mas leiam com consciência, sem romantizar. Vislumbrem as conquistas de seus personagens favoritos. Se emocionar também vale! Só tenham a consciência de que, sim, dá para tirarmos diversas lições de dentro de obras literárias. Entretanto,  muitas vezes (ou quase sempre!), a gente precisa aprender a separar vida real de fantasia, ao fecharmos a última página.

Tragam boas lições para si através da literatura! E incentivem pra caramba! Incentivem crianças e jovens a lerem! Incentivem também os autores nacionais!

Grande beijo!