A pandemia do coronavírus mudou a rotina produtiva de praticamente todos os mercados, incluindo o de cinema. Como pensar no universo audiovisual sem as salas de cinema? Parecia uma realidade distante. Eventos específicos e nichados então, como festivais de cinema, era inimaginável.
Como promover uma mostra de filmes novos sem o contato presencial com a telona? Estranho, né? A dinâmica de debates, apresentações e intervenções audiovisuais sem o ambiente dos cinemas/ teatros parecia complicada de se pensar.
Eu, como fã de cinema, sempre tive interesse de participar de um festival. Assistir aos filmes antes de entrarem em circuito comercial, ver os diretores e atores ao vivo e a cores debatendo sobre as obras… entretanto, isso sempre foi difícil para mim, seja por limitação geográfica ou de agenda.
Com a pandemia, os festivais tiveram que se revirar para acontecer virtualmente. Ou era isso, ou cancelava. Nesse cenário, diversas mostras de vários lugares do mundo aconteceram pela internet, com filmes e debates liberados, muitos gratuitamente, por meio de plataformas digitais. Tudo o que eu queria: produções novas que eu poderia assistir quando e onde quisesse, sem precisar de um horário específico nem fazer grandes viagens.
Sim, claro que quando tudo voltar ao normal, os festivais de cinema devem voltar a reunir o público cinéfilo no calor presencial, mas o digital mostrou ter uma grande importância. Com ele, os eventos podem quebrar fronteiras e atingir públicos muito maiores. E essa possibilidade não deve se perder.