Há duas décadas, nos três primeiros meses do ano, boa parte dos brasileiros fica diante da televisão ou nas redes sociais para ver e acompanhar a superexposição de 20 pessoas com perfis completamente opostos. Falamos, claro, do programa “Big Brother Brasil”, reality que se baseia na exposição da convivência de pessoas anônimas e famosas dentro de uma casa.
Nós brasileiros adoramos reality shows. Para se ter uma ideia, o Brasil é um dos países em que o formato do BBB foi mais bem aceito e consumido. Apenas na estreia da edição que atualmente está no ar, a audiência ficou entre 25 e 30 pontos nas duas maiores capitais do nosso país.
Programas desse estilo se sustentam em uma única ideia: não são produtos de ficção, não criam um universo imaginativo. Os “personagens” desse tipo de programa são pessoas sendo elas mesmas, ou seja, estão lá com seu nome real e sua história. Porém, vale destacar, que o mais importante desses programas é que eles mostram coisas que outros programas não conseguem: as interações mais espontâneas, pois naturalmente os participantes cansam dos “papéis” que gostariam de mostrar para o público e começam a se mostrar como realmente são.
Mas por que os brasileiros gostam tanto de reality shows? A principal explicação é justamente porque nós, os telespectadores, nos identificamos com os participantes, pois, por terem perfis totalmente diferentes uns dos outros, aqui fora, cada telespectador se identifica com um perfil específico, desenvolve o sentimento de empatia e se reconhece em suas ações, escolhas e sentimentos.
Nesse tipo de programa, as pessoas buscam diversão, mas também surgem julgamentos e comparações com a nossa realidade . As pessoas gostam de observar a vida dos outros , seja para se comparar ou para apenas comentar. Gostamos de ver e contar histórias, queremos fazer parte.