Dia dos Museus: reinvenção em meio à pandemia

Museu, ambiente que abriga a memória dos povos e suas histórias, essas que, mais do que nunca, parecem estar sendo escritas diante de nossos olhos. O museu é um espaço acolhedor, de experiências, de subjetividades e de conhecimento. É espaço de aprofundamento, pesquisa e confronto. É o espaço da diversidade, do encontro com o outro ou até mesmo com o desconhecido. Lugar de inúmeras potências, no dia de hoje se encontra “vazio”, sem seus fieis visitantes devido a realidade que estamos enfrentando.

O museu, essa potência educacional, inicia sua trajetória no Brasil no fim do século XIX e se instaura como instituição de memória e conhecimento no século XX, mais precisamente nos anos 70. A forma que o século XXI encontrou para nos aproximar do espaço interno e dos acervos tão ricos que muitos abrigam é por meio de lives, visitas guiadas com o auxílio de aplicativos e sites.

Sabemos que a cultura possui em sua natureza o poder da reinvenção. Se não ocorre uma adaptação ou renovação para o cenário em que se encontra, some e vira uma lembrança. O momento que enfrentamos pede que o poder concebido a fênix paire sobre nós. Somos seres de movimento, de contato e de sentidos. Não ouso comparar as experiências, mas creio que a continuidade que nos é apresentada sirva como forma de resistência a tempos sombrios que enfrentamos.

Insisto em crer que o retorno está mais próximo do que parece. Sinto que logo encontrarei esse querido espaço que me rende encontros e experiências únicas. A distância é passageira e até um tanto simbólica quando comparada a todos os universos presentes em cada um de nós.