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A minha sensibilidade não me define, mas ela pode dizer muito sobre mim

 

Quando mais nova sempre me foi dito que ser sensível é um defeito, uma falha a ser corrigida, algo não tão bacana, socialmente falando, para alguém que deseja destaque no âmbito profissional. Ser sensível remete a muitas pessoas um sinal de fraqueza.

No mundo técnico e capitalista em que vivemos, no qual o ter é quase sempre mais priorizado do que o ser, a sensibilidade se tornou um aspecto digno de correção. Mas, por que? Talvez porque sentir as coisas com mais intensidade nos deixe vulnerável às situações e às pessoas. Discordo.

Eu precisei de muitas sessões de terapia para reconhecer e admirar a mulher sensível que sou. O processo de autoconhecimento é árduo e constante, mas aprender sobre e com você mesmo é magnífico. Sim, eu sou sensível, mas não, eu definitivamente não sou mais vulnerável em razão disso.

Eu gosto de entender os meus processos e por que eles existem, as minhas falhas e os meus acertos. Colho, hoje, bons frutos de me ver com olhos mais singelos do que antes fazia, me enxergava pela ótica de outras pessoas e isso me inquietava. Descobri que o equilíbrio é o cerne da questão, não quero mais me desculpar por sentir muito as coisas deste mundo, isso faz parte de minhas vivências e da pessoa que sou.

 

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