Mais uma copa passou, digo isso para a seleção brasileira, que foi desclassificada em uma fatídica sexta-feira para a Croácia nos pênaltis. Eu não gosto de futebol, na verdade, nunca tive muito contato com o esporte. Todo pai leva o filho para assistir a um jogo em um estádio, o meu nunca fez isso. Nosso passeio era ir aos comandos de greve na reitoria da Universidade Federal do Ceará, o que diz muito sobre mim.
Agora, o brasileiro que não torce pela seleção em Copa do
Mundo tem um caráter meio duvidoso. Digo isso pois somos o país do Futebol, com mais títulos mundiais e ainda coroamos um jogador: nosso Rei Pelé. Em quatro em quatro anos nos damos o direito de ser um pouco técnico, xingar o juiz, dar seu palpite e até chorar na hora do decisivo gol. Faz parte!
Ainda diante tudo isso que falei, inclusive do meu despreparo para comentar jogos, tenho que revelar a falta que me faz assistir aquele duelo de Brasil e Argentina que quase acontece se não tivéssemos perdido. Naquele mesmo dia que voltamos para casa engolindo lágrimas, a Argentina se classificou para a semifinal. Foi de arrasar.
Ainda tem amigos com história de torcer pelos países sul americanos. Que história! Adoro a Argentina, os tangos, vinhos e o povo que sempre é muito hospitaleiro, mas torcer que esses sejam campeões do mundo já é demais.
A rivalidade de uma Copa Roca de 1914 fincou essa rivalidade no tempo e no futebol viramos inimigos dos “hermanos”.
A verdade é que nossa seleção não jogou bem, perdemos sem dignidade e sem craques. Não temos nem mais aquela escalação do penta, do tetrata ou tricampeonato. O tempo fez o Brasil sofrer até com o futebol, nossa maior alegria…É, não está fácil! Só para o Papa que é argentino e tenho certeza que vai assistir a final do seu país com a França.
Falando no Pontífice, quando visitei o Vaticano, assisti a uma audiência papal na Praça São Pedro. Na hora que Francisco passou de Papamóvel, ao invés de uma benção eu queria perguntar para ela se “Maradona era melhor que Pelé”, minha amiga, companheira de vida e viagem, não deixou e se Argentina for campeã, foi até melhor. O Papa pode ser de lá, mas ainda acho que Deus é brasileiro pois nossa esperança é a última que morre sempre. Em 2026 o Hexa vem!