Dezembro é um mês em que o ser humano imerge num processo de autoconhecimento, refaz seus planos, jura amar ao próximo, aproveita para pedir perdão, e até perdoa, tudo movido pelo amor que o período desperta em cada ser. No entanto, protetores afirmam que nesse mês de festas é quando mais se constata o abandono de animais.
Motivos são muitos: não conseguir lidar com o comportamento do animal, pensar que era porte pequeno mas ele cresceu, alguém está com alergia, tem uma grávida na família, no novo lar não tem espaço, ganhou de presente mas não tem quem cuide, custos gerados pela guarda do animal, e assim por diante, isso quando devolvem para abrigos.
Mas basta acessar a rede social para ver vídeos que mostram carros parando e jogando o animais na rua, que ficam sem entender e bastante atordoados. Muitas vezes, nem saem do local. Ficam esperando o dono voltar. Outros são amarrados em postes. Há também os filhotes que nem abriram os olhos e são deixados nas praças ,em terreno baldio e não conseguem se alimentar sozinhos. Morrem ali mesmo.
Não dê animais de presente, nem leve para sua casa sem antes se certificar que vai assumir o compromisso de cuidar. Sem saber se tem espaço não apenas no ambiente, mas na sua vida. A adoção de animal por impulso é uma das maiores causas de abandono. Ele não precisa só de água e comida. Ele cresce, adoece, necessita de cuidados de higiene, precisa ir ao veterinário. Quando chega à velhice, merece um lugar cheio de amor até o dia que virar uma estrelinha
Vale lembrar que abandonar ou maltratar animal é crime previsto na Lei Federal 9.605/98, que previa detenção de até um ano, mas que em setembro de 2020 foi alterada pela lei federal n 14.064/20, que aumentou pena de detenção para até cinco anos para quem cometer tal crime.