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O que somos sem as redes sociais?

De acordo com dados de um estudo da Hootsuite, em parceria com a We Are Social, aproximadamente 4,7 bilhões de pessoas estão conectadas à internet no mundo. Uma proporção de 6 em cada 10 pessoas que acessam a internet, seja através dos seus computadores, tabletes ou smartphones.

No último ano, o crescimento de usuários na internet foi de 7,6%, uma aceleração que tem como um dos fatores a pandemia da Covid-19. No Brasil, passamos em média 3 horas e 42 minutos por dia conectados às redes sociais.

Com tantas horas do dia dedicadas a aplicativos que nos conectam com o mundo, o que, de fato, somos sem as redes sociais?

No mês de outubro, os aplicativos, que figuram entre os mais acessados no mundo, pararam de funcionar. De repente, aquela mensagem no WhatsApp não foi enviada, o feed do Instagram não carregou mais, o Facebook também não deu sinal de vida, e pouco a pouco a instabilidade foi se estendendo a aplicativos de bancos, serviços de streaming e portais de notícias.

O Twitter, uma das poucas redes sobreviventes – pelo menos até o momento em que estou escrevendo este texto – ficou cheio de usuários questionando o que estava acontecendo e, inclusive, cogitando: será que é o fim do mundo?

É um pouco cômico pensar o quão rápido nos desesperamos com a impossibilidade de navegar nas redes sociais, nem que seja apenas para gastar alguns minutos do dia em amenidades. Mas, muito além de passatempo, as redes sociais também são ferramentas de trabalho. Eu, por exemplo, fiquei um bom tempo me questionando como daria conta das demandas do dia com tudo fora do ar – parece que a possibilidade de fazer uma ligação telefônica, nem era uma opção.

De toda forma, para lazer ou trabalho, a queda brusca de algumas redes sociais, que tem se estendido por mais tempo do que posso me lembrar de ter visto em outras ocasiões parecidas, e o desespero diante dela,me fizeram questionar o que coloquei lá nos primeiros parágrafos: o que somos sem as redes sociais?

Eu faço parte de uma geração que vivenciou um avanço tecnológico em alta escala, e desde adolescência cresci usufruindo deste desenvolvimento. Talvez não nas mesmas proporções que as crianças e adolescentes de hoje em dia, mas com certeza em um patamar bem mais elevado do que muito dos meus primos que vieram antes de mim.

Diante do contexto desta segunda-feira feira atípica, me pergunto quão dependentes somos destes aplicativos que chegaram e moram na nossa rotina sem pagar aluguel. Parece até que o mundo parou.E se as redes sociais não voltassem? Se a instabilidade durasse semanas? O que faríamos? A que nível de desespero chegaríamos?

Será que ainda somos capazes de viver sem postar cada segundo do nosso dia?

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