Premiação teve feitos relevantes, como a primeira cineasta não-branca a ganhar a estatueta
Devido às restrições de isolamento social impostas pela pandemia da covid-19, a cerimônia do Oscar 2021 não conseguiu ser tão marcante. Não à toa, teve audiência e repercussão abaixo da média do que costuma ter. Entretanto, há o que comemorar do evento: a vitória da diversidade.
A premiação começa a valorizar quem poucas vezes teve espaço no cenário mais importante do cinema mundial. As demandas de públicos que querem se ver representados em filmes com protagonistas e histórias mais plurais são finalmente atendidas.
Destaques
Chloé Zhao, cineasta chinesa, foi o grande nome desta edição ao ver o seu filme, Nomadland, ser premiado em três categorias: além de melhor filme, também teve a melhor direção e a melhor atriz. Com isso, ela conseguiu o feito de ser a primeira cineasta não-branca a ganhar a estatueta.
Já Frances McDormand, vencedora do prêmio de melhor atriz, foi protagonista de um filme fora da caixa, que teve personagens reais contracenando com ela numa produção que mostra a realidade de pessoas que perderam tudo durante a crise da década passada nos Estados Unidos e passaram a viver, como nômades, em trailers e ônibus.
Outro fato relevante foi que, pela primeira vez na história, houve indicação de um homem muçulmano ao prêmio de melhor ator. Riz Ahmed disputou a estatueta com Chadwick Boseman (“A Voz Suprema do Blues”), Anthony Hopkins (“Meu Pai”), Gary Oldman (“Mank”) e Steve Yeun (“Minari”), que sagrou Hopkins. Não venceu, mas deixou seu nome na história.
A pauta se trata de gostar mais de filme/ator A ou B, mas do reconhecimento do avanço no tocante às questões de diversidade. Agora, finalmente públicos que antes viam cinema como algo impossível, podem começar sonhar em fazer parte das grandes telas.