Um incêndio proposital consome a casa de uma tradicional família do subúrbio de Ohio. Elena, a mãe, resgatada das chamas, é questionada sobre quem poderia ter provocado aquilo. Little Fires Everywhere se inicia com uma pergunta: quem colocaria fogo na casa com ela dentro?
Voltando alguns meses na história, somos apresentados à Mia (Kerry Washington), uma artista nômade que acaba de chegar na cidade com sua filha Pearl (Lexi Underwood) e vai morar de aluguel em uma casa pertencente à Elena (Reese Witherspoon), jornalista, rica, mãe de quatro filhos adolescentes que acredita ter tudo sob controle.
Mia vive de acordo com o que a vida lhe sugere e os dias lhe apresentam. Elena planeja cada passo. Mia é uma mulher negra, simples, resiliente. Elena é branca, elitista e tradicional. A maternidade parece ser a única coisa que elas têm em comum, mas é também a divergência mais expressiva entre as duas.
Ao oferecer um emprego em sua casa à Mia, Elena estabelece uma interação entre as duas famílias que vai se desenvolver em conflitos de raça e classe estruturados em uma narrativa que explora questões como racismo, privilégios, feminismo e, principalmente, as complexidades e contrastes da maternidade.
Cheia de metáforas e simbolismos poéticos, a série possui várias camadas de discussão. Os debates em torno da maternidade são profundos e imersivos, de forma a nos colocar em uma posição de julgadores ao mesmo tempo em que nos confronta com as nossas avaliações e sentenças, propondo uma análise das nossas próprias elaborações narrativas e cadeia de interpretação do mundo.
Quem é o vilão dessa história? Quem está com a razão? O que é ser uma boa mãe?
Se você está preparado para não obter – pelo menos não inteira e plenamente – essas respostas, mas sim lançar-se nas complexidades, angústias e mistérios de personagens muito bem trabalhados, corre lá na Amazon Prime Video e escute o que Little Fires Everywhere tem pra te contar!